terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Declaração de Amor a Maria do Rosário Pedreira, no dia de S. Valentim de 2009
[14-02-2009] valter hugo mãe


Não tenho outro modo de começar um texto abordando, ainda que brevemente, a poesia de Maria do Rosário Pedreira sem dizer de imediato que a amo, à Maria do Rosário e à sua poesia, inequivocamente. Por mais inusitada que seja uma apresentação assim, é a mais pura verdade, e a verdade tem tudo de científico, como é bom de entender.Cientificamente, posso agora explicar que quando o meu ex-sócio numa aventura editorial me disse que tínhamos visita marcada à casa desta poeta, eu glorifiquei o dia em que o conheci porque andava com o volume A casa e o cheiro dos livros atravessado no coração há muito e não havia maneira de o tirar ou fazer com que me queimasse menos. A Margaret Atwood diz que querermos conhecer um autor porque se gosta de ler os seus livros é como querer conhecer um pato porque se gosta de foi gras. Mas eu, que adoro a Margaret Atwood, acho que este exagero é um pessimismo com o qual não devemos corroborar. Fui a casa de Maria do Rosário Pedreira com pezinhos de nuvem, tímido, sorrindo como os meninos perante docinhos coloridos e, sem saber o que dizer, pus-me a ouvir para me impregnar da mirabolante oportunidade de estar ali. O meu ex-sócio fez o blá blá blá dele, que era mais para negócios do que para outra coisa, e eu queria apenas que aquela senhora percebesse que a minha vida depois dos livros dela adquirira para sempre uma cotação muito maior na bolsa da alma. A partir desse dia, lentamente mas com segurança, a Maria do Rosário Pedreira completou para mim os seus poemas com a amizade que a Magaret Atwood, maravilhosa e errada, não soube prever. mais


CS

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