quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Hoje na Biblioteca

Viajamos com



O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá,

de Jorge Amado,

a história de um amor impossível

entre

um gato rezingão

e

uma andorinha espevitada.

Os convidados de honra serão os alunos do 8ºB.


EVV

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Tertúlias na Biblioteca II

É já hoje ao final da tarde, pelas 18h30, a segunda sessão das Leituras Multidisciplinares - Tertúlias na Biblioteca, desta vez com a apresentação d'Os Maias, de Eça de Queiroz. O professor Sérgio Teixeira partilhará connosco as suas impressões da leitura deste clássico da literatura portuguesa oitocentista, que tem fascinado gerações de leitores desde a sua primeira publicação, em 1888.

(Capa da primeira edição d'Os Maias,
publicada no Porto em 1888, em 2 volumes,
um de 458 e outro de 532 páginas,
pela Livraria Internacional de Ernesto Chardron)

EVV

P.S.: A Porto Editora disponibiliza uma edição online d'Os Maias, na sua bilbioteca digital. Para quem ainda não leu, aqui fica.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Declaração de Amor a Maria do Rosário Pedreira, no dia de S. Valentim de 2009
[14-02-2009] valter hugo mãe


Não tenho outro modo de começar um texto abordando, ainda que brevemente, a poesia de Maria do Rosário Pedreira sem dizer de imediato que a amo, à Maria do Rosário e à sua poesia, inequivocamente. Por mais inusitada que seja uma apresentação assim, é a mais pura verdade, e a verdade tem tudo de científico, como é bom de entender.Cientificamente, posso agora explicar que quando o meu ex-sócio numa aventura editorial me disse que tínhamos visita marcada à casa desta poeta, eu glorifiquei o dia em que o conheci porque andava com o volume A casa e o cheiro dos livros atravessado no coração há muito e não havia maneira de o tirar ou fazer com que me queimasse menos. A Margaret Atwood diz que querermos conhecer um autor porque se gosta de ler os seus livros é como querer conhecer um pato porque se gosta de foi gras. Mas eu, que adoro a Margaret Atwood, acho que este exagero é um pessimismo com o qual não devemos corroborar. Fui a casa de Maria do Rosário Pedreira com pezinhos de nuvem, tímido, sorrindo como os meninos perante docinhos coloridos e, sem saber o que dizer, pus-me a ouvir para me impregnar da mirabolante oportunidade de estar ali. O meu ex-sócio fez o blá blá blá dele, que era mais para negócios do que para outra coisa, e eu queria apenas que aquela senhora percebesse que a minha vida depois dos livros dela adquirira para sempre uma cotação muito maior na bolsa da alma. A partir desse dia, lentamente mas com segurança, a Maria do Rosário Pedreira completou para mim os seus poemas com a amizade que a Magaret Atwood, maravilhosa e errada, não soube prever. mais


CS

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Não tenhas medo do amor




Maria do Rosário Pedreira estará no próximo sábado, 14 de Fevereiro, pelas 16h30, na Biblioteca Municipal de Gondomar.



Que tal aproveitar a tarde do Dia de São Valentim para ouvir poemas como este?



Não tenhas medo do amor. Pousa a tua mão
devagar sobre o peito da terra e sente respirar
no seu seio os nomes das coisas que ali estão a
crescer: o linho e genciana; as ervilhas-de-cheiro
e as campainhas azuis; a menta perfumada para
as infusões do verão e a teia de raízes de um
pequeno loureiro que se organiza como uma rede
de veias na confusão de um corpo. A vida nunca

foi só Inverno, nunca foi só bruma e desamparo.
Se bem que chova ainda, não te importes: pousa a
tua mão devagar sobre o teu peito e ouve o clamor
da tempestade que faz ruir os muros: explode no
teu coração um amor-perfeito, será doce o seu
pólen na corola de um beijo, não tenhas medo,
hão-de pedir-to quando chegar a primavera.

Maria do Rosário Pedreira

Nenhum Nome Depois (2005), Gótica, p. 11

[Elsa Vaz Vieira]